PGM de Aracaju pede retomada das atividades em aterro sanitário de Rosário do Catete por 90 dias

A Procuradoria Geral do Município de Aracaju (PGM) ajuizou uma ação de tutela de urgência no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) para suspender os efeitos da interdição do funcionamento do aterro sanitário situado no município de Rosário do Catete. 

De acordo com a PGM, a medida judicial se justifica pela necessidade de retomar a prestação de serviços na capital, como também a de atender ao devido processo legal a que estão sujeitos os processos administrativos e judiciais. 

“Fomos surpreendidos com essa decisão da Adema, uma vez que toda a logística para a coleta e correta destinação de resíduos sólidos foi suspensa sem que a Prefeitura de Aracaju fosse comunicada para, então, buscar alternativas. A Prefeitura não tem condições de buscar outra estação de transbordo do dia para a noite, pois é uma grande logística. Por isso, pedimos a suspensão da paralisação das atividades no aterro pelo período de 90 dias, bem como que a Adema apresente o processo administrativo de concessão de renovação, pois esta foi concedida automaticamente, conforme prevê a legislação sobre licenças ambientais”, explica o procurador-geral de Aracaju, Sidney Amaral Cardoso. 

A suspensão das atividades no aterro, segundo o procurador, é contrária à Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental. De acordo com ele, nessa segunda-feira, 27, cerca de 20% da coleta não foi realizada em Aracaju. 

“Na permanência dessa situação, é possível desencadear um problema de saúde pública, pois para onde serão destinados os resíduos residenciais, hospitalares e afins? O que desejamos é apenas ter conhecimento do processo administrativo e tempo hábil para a construção de uma logística alternativa segura ao meio ambiente e ao interesse público”, completou.

Entenda o caso

Nessa segunda-feira, 27, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) cumpriu a interdição do aterro sanitário da Rosário do Catete. De acordo com o órgão, o local teve a renovação da Licença de Operação (LO) indeferida em maio de 2022, a partir da indicação de graves danos ao meio ambiente e à saúde da população.

Segundo a Adema, um relatório de Análise Ambiental atestado por seis fiscais apontou o descumprimento e/ou não atendimento das condicionantes da referida licença, entre elas: a recepção de resíduos de Classe II B, a exemplo de resíduos de construção civil; recebimento de resíduos sólidos por meio de empresas de transporte sem o devido licenciamento e a poluição na análise das amostras de águas, atestando contaminação do lençol freático.

Fonte Fanf1 

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