Suposto racismo: mulheres são submetidas a constrangimento e revista policial em loja no Centro de Aracaju

Na manhã desta segunda-feira, 19, o Jornal da Fan abordou o caso das duas mulheres que passaram por um grande constrangimento em um estabelecimento comercial do ramo varejista de roupas, localizada no Centro de Aracaju.
O fato ocorreu nas primeiras horas da tarde da última sexta-feira, 16 e ao que tudo indica, segundo o relato das vítimas, as irmãs Mônica e Simone Matos e a prima delas, Paula Fernandes, a situação foi motivada por racismo por parte de funcionários da loja.
“Aconteceu na sexta-feira, às 13h45, nós estávamos escolhendo algumas roupas e, de repente, fomos surpreendidas por três policiais militares, que nos solicitaram que os acompanhássemos até uma salinha no interior da loja. Lá, pediram para que abríssemos e esvaziássemos nossas bolsas. Atendemos aos policiais, que verificaram que não havíamos roubado nada. Em seguida eles chamaram alguém que parecia ser o gerente da loja e o informaram que não havia nada de errado. Ele então olhou, baixou a cabeça e saiu”, conta Simone.
Simone também contou que, após o ocorrido, entrou em contato com o advogado. Ela também informou que nenhum funcionário ou representante da loja, em momento algum, se desculparam pelo ocorrido ou buscaram algum tipo de reparação pelo constrangimento.
“Permanecemos lá na loja, sozinha, esperando que o nosso advogado chegasse. Nesse meio tempo, ninguém da loja apareceu para dar nenhum suporte à gente, para conversar ou falar nada. Da parte deles, ficou por isso mesmo. Então nós saímos e fomos à delegacia para registrar a ocorrência”, conta a vítima.
Por telefone, o assessor de Comunicação da Polícia Militar do Estado de Sergipe, coronel Fábio Machado, falou sobre o caso. “Por enquanto, não há nenhum registro de denúncia contra os policiais. Mas o vídeo e o relato das vítimas deixam bem claro que a PM compareceu ao local. Os policiais não chegaram do nada e abordaram as mulheres por achar que elas eram ladras. Quando alguém solicita a presença policial sob a suspeita de algum crime, o dever da polícia é averiguar. Os policiais cumpriram com o papel deles. Alguém ligou e fez a denúncia, possivelmente o suposto gerente, e a polícia cumpriu com seu dever. Se alguém tem que responder por isso, é a loja. A polícia, neste caso, apenas entra como uma testemunha para confirmar que foi acionada por alguém para atender a esta ocorrência”, ressalta o coronel.
FONTE: FANF1
Comentários
Postar um comentário