Perícia conclui laudo sobre morte de Genivaldo e confirma asfixia mecânica com inflamação de vias aéreas
Genivaldo foi morto durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Umbaúba, em maio deste ano.
O diretor do Instituto Médico Legal (IML), Victor Barros, explicou que o exame cadavérico já tinha atestado a asfixia mecânica. "Inicialmente, no exame cadavérico, nós já tínhamos a certeza de que Genivaldo faleceu em decorrência de um processo de asfixia mecânica, isso constatado com as alterações macroscópicas, verificadas a olho nu, analisando tecido o pulmão, das vias aéreas e da traqueia”, detalhou.
Em seguida, foram encaminhadas as amostras do pulmão e das vias respiratórias para o laboratório de anatomopatologia, que apontaram que Genivaldo apresentou uma reação inflamatória intensa nas vias aéreas, com predomínio nas vias respiratórias inferiores e, essa reação teria gerado o fechamento da árvore respiratória da vítima, provocando a morte.
Vitor Barros explicou também que o painel toxicológico encaminhado pelo IAPF identificou que a vítima não permaneceu reinalando monóxido de carbono.
Laudo Pericial
O perito criminal Ricardo Leal, do IAPF, destacou que no caso do laudo toxicológico sobre a morte de Genivaldo, o IAPF utilizou uma técnica denominada de espectrometria. “E precisávamos de um gás específico para calibrar nosso equipamento, porém esse gás demorou muito para ser fornecido pela empresa. Então era um fator que não dependia do laboratório, para as condições que precisávamos, da pureza do gás e da pressão”, detalhou.
Após a entrega do material, em cerca de quatro dias, os profissionais trabalharam em laboratório para fazer a análise e a conclusão do laudo pericial, onde também foram verificadas situações de presença ou não de álcool no sangue ou de substâncias medicamentosas.
“Como todos os casos relacionados ao trânsito, embora não tenha sido acidente de trânsito, seguimos o que fazemos comumente. Verificamos se ele havia ingerido álcool, o que deu negativo. E investigamos o uso de drogas e medicamentos. Encontramos a quetiapina, medicamento utilizado no tratamento da esquizofrenia. Quantificamos e verificamos que a concentração é compatível com a terapêutica", revelou.
De acordo com Ricardo Leal, a concentração da substância quetiapina encontrada no sangue de Genivaldo indicou que a vítima estava sob o efeito do medicamento.Conforme o perito, os exames também verificaram se a vítima havia monóxido de carbono em grande quantidade no sangue. “Pois quando a bomba de gás lacrimogêneo quando é detonada forma alguns gases, entre eles o monóxido de carbono, que é tóxico e havia essa suspeita. Realizamos essa análise e verificamos que ele não foi intoxicado por monóxido da bomba de gás lacrimogêneo", mencionou.
Fonte Fanf1
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